COSIT: NÃO INCIDE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE VALE TRANSPORTE

O fisco federal exigia das empresas contribuição previdenciária incidente sobre valores pagos em dinheiro a título de vale-transporte, por entender que os pagamentos efetuados em pecúnia têm natureza salarial.

Ocorre que o STF, ao analisar a questão no RE 478410 decidiu que a exigência de contribuição previdenciária sobre o valor pago, em dinheiro, a título de vale-transporte viola a Constituição. Por outro lado, o STJ que entendia pela incidência da contribuição previdenciária sobre o vale transporte pago em dinheiro, reviu sua posição quando do julgamento do STF.

Considerando essas decisões judiciais, sobreveio o Ato Declaratório nº 4, de 31 de março de 2016, da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) declarando que “não incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos em dinheiro a título de vale-transporte”.

Agora a questão foi submetida à Receita Federal por meio de uma consulta de contribuinte. Em vista dessas manifestações do STF, do STJ e da PGFN sobreveio a Solução de Consulta nº 143 – Cosit, publicada 26.10.2016, que vincula toda a Receita Federal, acatando o entendimento no sentido da não incidência, conforme ementa:

“ASSUNTO: CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PREVIDENCIÁRIAS VALE-TRANSPORTE. PAGAMENTO EM PECÚNIA. NÃO INCIDÊNCIA.
Não incide contribuição previdenciária sobre os valores pagos em dinheiro a título de vale-transporte. A não incidência da contribuição está limitada ao valor pago em dinheiro estritamente necessário para o custeio do deslocamento residência-trabalho e vice-versa, em transporte coletivo, conforme prevê o art.1º da Lei nº 7.418, de 1985.
Dispositivos Legais: Lei nº 10.522, de 2002, art. 19, inciso II e §4º; Ato Declaratório nº 4, de 31 de março de 2016, da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Súmula AGU nº 60, de 8 de dezembro de 2011”.

Contribuinte tem direito a diferenças em regime de substituição tributária, decide STF

Caros,  amigos.

Conforme sempre afirmei a assessoria jurídica preventiva é um ponto fundamental. Os clientes que entraram com a ação agora poderão receber 5 anos para trás, porém que não acreditou na tese, não poderá reaver, conforme modulação a baixo:

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É POSSÍVEL EMPRESA EXCLUÍDA DO REFIS FEDERAL SER REINCLUÍDA

Muitas empresas que aderiram ao Refis da Crise em 2014, foram excluídas com alegação que pagaram valores abaixo dos valores exigidos.

Mesmo com tentativas administrativas por parte dos contribuintes, o fisco vem se negando, porém se deve prestigiar a real intenção do contribuinte em efetivá-lo os seus pagamentos (Débitos), e vai contrário aos fins almejados pela administração tributária, com o advento da Lei nº 11.941, de 2009, qual seja, o adimplemento dos tributos.

Para a magistrada, a jurisprudência vem se mostrando sensível a casos análogos no sentido de que a não inclusão da sociedade empresária/firma individual no parcelamento, por mera ausência da consolidação do débito tributário, mostra-se ofensiva aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.

Caro leitor, sua empresa não é a única a sofrer, pois são milhares, que foram excluídos sumariamente do parcelamento de forma injusta, sem serem notificados de existência de débitos, impedindo a obtenção da CEPEN.

O fisco “se vale” em sua defesa, que no (DARF) Documento de Arrecadação de Receitas Federais, existe uma mensagem genérica e passiva: se o contribuinte possuí um débito, ele deve pagar.

Como sempre falei, os empresários querem pagar, mas o fisco não gosta de receber de uma forma correta e justa.

Qual a vantagem de retirar o contribuinte do parcelamento? Qual vantagem existe? Nenhuma!

Saiba que é possível com uma ação própria retornar ao Refis, com decisão da a juíza federal substituta Diana Maria Wanderlei da Silva este ano, a mesma retornou por liminar, o referido.

Vale-se lembrar que o Refis é um acordo entre ambas as partes e precisa existir um equilíbrio.

Por:

Rodrigo Barcellos Kfouri Gameiro Laurindo

rodrigo@farahlaurindo.com.br

Produção de veículos cai 29,3% em janeiro e Anfavea reclama de impostos

Ao apresentar dados como a queda de 29,3% na produção de veículos leves e pesados na comparação entre os meses de janeiro de 2016 e de 2015, a Anfavea (associação nacional das fabricantes de automóveis) aproveitou para reclamar dos impostos que incidem sobre o setor.

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Brasileiro não gosta de pagar imposto ou o Estado não gosta da sua prosperidade?

Antes de começar o assunto, quem acompanha meus artigos sabe, que não sou de esquerda, direita ou centro, sou apolítico. A bandeira que defendo sempre será a do Direito e Justiça. Não escrevo para colegas advogados, e nem busco “curtidas”. A base de meu trabalho e de meu escritório é humanista, escrevo para a pessoa comum, que não estudou Direito, mas é parte da sociedade que vivo.

Nossa sociedade (Brasil) começa na forma de um contrato social. Imagine que nossos antepassados “abriram mão” de uma liberdade sem segurança, onde não tinha como proteger sua propriedade, em troca de segurança, porém a liberdade ficou limitada ao dar poderes ao ente chamado Estado.

Todos ficaram felizes, pois a sua propriedade estaria segura, o que seria uma simples limitação de liberdade em troca de uma paz?

Aí o Estado precisa se organizar para que o ambiente antes de desconfiança, não retorne e cria um “organismo” administrativo para gerir (administrar).

A ideia deste contrato como falei era ceder a liberdade em troca de segurança, mas o que seria a segurança?

Segurança varia no pensamento do governante e do povo. Para o Governante a estabilidade é um Estado forte. E o povo acredita que seria somente a garantia da propriedade?

Lembra de uma frase da época de Roma? “Pão e circo”?

Pois bem, o povo quer mais, não basta a propriedade, como uma criança, quer que seus desejos sejam atendidos: diversão, mais propriedade, ser igual ao vizinho ou melhor que o outro.

O povo está errado? De forma alguma. Estagnar não é algo inerente (que faz parte do homem), sonhávamos voar, e voamos; prometemos a lua em frases de amor, e alcançamos. O homem nasceu para sempre quebrar limites, mesmo que custe caro para o mundo.

O Estado é munido de representantes do povo, este tem a sua disposição um vasto “arsenal”, que hoje em dia é o tesouro a sua disposição. Lembra que falamos que a pessoa não fica por satisfeita?

Então o cidadão, com poder de gestão (Governante) quer mostrar que o Estado é forte, e usa parte do tesouro para obras gigantes, palácios (sim, presidente no Brasil tem Palácio), carros, viagens para mostrar ao vizinho que “a nossa grama é mais verde” que a dele.

Só que ser humano tem certa dificuldade em diferenciar “ser” e “de estar”. O que seria isso? Imagine você é pai ou mãe, sempre será. Nunca terá o status de estar mãe (algo temporário). Agora um governante ele está governador, está presidente, algo temporário.

Como separar, como terminar esse relacionamento sem sofrimento? O “está governante” vai acabar um dia. Não. Palavra forte de muito significado. O poder corrompeu até um anjo, o mais próximo de Deus, segundo a Bíblia, Buda ficou cego com o poder do Palácio por um tempo, o que é a pessoa humana perto disso?

Aí começa a dança do poder, amizades por interesse, gravar na pedra o seu grupo, deixar outros tomando conta do poder que foi outorgado (Concedido). Mas esses amigos olham para o governante gostam da ostentação (mostrar que tem), e querem também se sentir poderosos, senão o apoio acaba.

Agora como manter tudo isso?

O Estado precisa arrecadar, precisa de mais tesouro (Dinheiro), e você que deu o poder a ele, tem que aceitar. Em uma sociedade estável, você sabe que vai pagar pelos próximos anos, mas imagine que o dinheiro para manter tantos amigos (agora chamo de cargo de confiança) pode custar? Ninguém sabe, pois nunca é suficiente.

Alguns amigos passam da qualidade de agentes do Estado, e lembram que o “estar no Governo” vai acabar, e “pegam uma fatia” do tesouro, para quando deixar de “estar”, possam ser melhor que seu vizinho, a esta ação chamamos de corrupção.

Depois de alguns séculos, não sabemos quanto o Estado tem, o que deve, e quanto precisa para se manter, mas em pleno 2016, a palavra “manter” se confunde no pessoal e na máquina eleitoral.

Então impostos, taxas etc são modificados a todo instante para poder arrecadar mais. Em estudos da Farah Laurindo Advogados, no ano passado existiu mais de 24.000 modificações no País no Imposto ICMS. Algo anormal.

Mas porque os impostos mudam a toda hora? Porque minha amiga(o) o Estado não confia em você, ele sabe que você não confia nele.

Está em nossa raiz odiar o Estado, não confiar nele, aprendemos quando colônia a não confiar nos Portugueses ao os militares na ditadura, está em nosso sangue, sem que percebemos que o Estado é inimigo.

Então empresário contrata advogados para achar brechas na lei, para economizar, pois a carga fiscal está acabando com o lucro, prejudicando ele e seus funcionários, o Estado percebe com o tempo derrotas, e modifica os impostos.

É uma luta sem fim, e que não vai mudar, não adianta filosofarmos em demagogia, “somos o que comemos”, somos iguais o que escolhemos para nos governar.

Resta saber que este texto é para explicar porque a lei muda tanto e não gostamos de pagar impostos.

Não gostamos de pagar impostos porque sabemos para que fim vai, somente “vai”. Porém somos coniventes, pois se é dada a chance de você ser um “amigo” no Estado, também irá querer “estar” para sempre.

Não existe resposta para solução, falso aquele que aponta, O Estado é o reflexo de nossa história e o que aceitamos.

Antes de criticar nossa Pátria, lembro que todo país tem corrupção, mas somente no nosso a impunidade é tão escancara, amigos se protegendo sempre.

Desligue seu Windows pirata, e vá assistir um filme que comprou por R$ 5,00 reais. E reflita: não gosto de pagar, mas se me der oportunidade estaria lá. Enquanto pensar assim, não encontraremos uma solução.

Por:

artigos

Rodrigo B.Kfouri G. Laurindo

pagar imposto

Estados compram plataforma que ‘vigia’ contribuintes

Seguindo exemplo dos bancos, dez secretarias responsáveis por cuidar das finanças de Estados e do Distrito Federal usam ou estão interessadas numa ferramenta capaz de cruzar informações de bancos de dados hospedadas em diferentes plataformas

Os governos estaduais investem em tecnologia para aumentar a arrecadação e evitar mais medidas impopulares, como aumento de impostos, com o objetivo de fechar as contas públicas. Dez secretarias responsáveis por cuidar das finanças de Estados e do Distrito Federal usam ou estão interessadas numa ferramenta capaz de cruzar informações de bancos de dados hospedadas em diferentes plataformas. Trata-se do mesmo sistema utilizado por grandes bancos e empreiteiras, além de redes de varejo.

Uma das últimas a aderir foi a Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Sul, Estado que enfrenta sérias dificuldades financeiras, inclusive com o atraso de salários dos servidores públicos. O órgão comprou a plataforma de big data – que permite, em frações de segundos analisar e cruzar informações sobre a movimentação das empresas – por R$ 5,5 milhões, financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Fonte: Dia Dia Tributário